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A biblioterapia é uma abordagem terapêutica que utiliza livros, contos e outras formas de literatura como ferramentas para promover o bem-estar emocional e o desenvolvimento pessoal. Ao se conectar com as histórias e personagens de um livro, o indivíduo pode ganhar novas perspectivas, processar emoções e encontrar significado em suas próprias experiências.

Cunha e Cavalcanti (2008: 55) definem o termo Biblioterapia como a “utilização de livros e outros materiais de leitura em programas de leitura direcionada e planejada para auxiliar no tratamento de problemas mentais e emocionais, bem como desajustes sociais”.

Ela envolve a leitura intencional para ajudar as pessoas a lidar com emoções complexas e melhorar a saúde mental. Podendo ser conduzida por profissionais, como psicólogos e terapeutas, a biblioterapia também pode ser usada de forma autônoma, oferecendo aos leitores um meio acessível para explorar e entender melhor suas emoções.

Ler sobre personagens ou pessoas reais que enfrentam desafios semelhantes aos nossos nos permite sentir que não estamos sozinhos em nossas dificuldades, promovendo um sentimento de identificação podendo nos ajudar a compreender melhor nossas próprias reações e padrões. Esse tipo de leitura valida as emoções do leitor e cria um espaço onde ele se sente compreendido e aceito, o que pode ser extremamente reconfortante, ajudando a diminuir sentimentos de isolamento e solidão.

Muitos livros terapêuticos incentivam o autoconhecimento e a prática de autocompaixão. Ao refletir sobre os desafios que outros enfrentam e perceber a importância de acolher nossas próprias vulnerabilidades, podemos desenvolver uma postura mais gentil conosco mesmo. Isso é essencial para o autocuidado, já que o incentivo à compaixão própria permite que reconheçamos e respeitemos nossas necessidades emocionais, promovendo uma abordagem mais saudável e equilibrada frente aos desafios.

A leitura por si só é uma atividade relaxante que nos proporciona uma pausa da rotina e dos pensamentos ansiosos. Quando estamos imersos em um livro, o cérebro reduz a produção de hormônios do estresse, como o cortisol, e entra em um estado de relaxamento semelhante ao da meditação. Essa prática contribui para a redução da ansiedade e nos permite recuperar a calma.

Referências:

Cunha, M. B. e C. R. O. Cavalcanti. 2008. Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos.